Na paisagem protegida foram identificadas até ao momento 29 subespécies e 341 espécies pertencentes a 248 géneros e 89 famílias botânicas, das quais 19 são espécies RELAPE (Raras, Endémicas, Localizadas, Ameaçadas ou Em Perigo de Extinção).

No global, a paisagem protegida, abrange 84% das espécies florísticas e 94% das famílias botânicas existentes em todo o concelho de Lousada.

Ocorrem, 20 espécies de plantas de elevado valor de conservação, como a abrótea (Asphodelus lusitanicus), o açafrão-bravo (Crocus serotinus) ou as esporas-bravas (Linaria triornithophora) – endemismos ibéricos; o azevinho (Ilex aquifolium), o narciso-trombeta (Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis) ou os narcisos-lágrima-de-anjo (Narcissus triandrus) – espécies protegidas; e, ainda, espécies com estatuto de conservação desfavorável, como o azereiro (Prunus lusitanica) e o mostajeiro-de-folhas-largas (Sorbus latifolia).

Identificam-se igualmente habitats naturais, definidos pela presença de composições florísticas indicadas a nível europeu (Diretiva Habitats) como importantes para a conservação: Urzais, urzais-tojais, urzais-estevais e mediterrânicos não litorais (4030pt3), os Tomilhais galaico-portugueses (8230pt1), os Carvalhais de Quercus robur (9230pt1) e o habitat prioritário Amiais ripícolas (91E0pt1).

Em Lousada, as árvores de grande porte, vulgarmente conhecidas como como Gigantes Verdes (perímetro de tronco superior a 150 centímetros),são conhecidas mais de 7400 exemplares, porém é, nos 1609 hectares da paisagem protegida que se localizam 34% destas árvores.

As estratégias de conservação destes exemplares, salvaguardam a lógica de que quanto maior for uma árvore, maior é a sua capacidade de i) fixar e armazenar carbono atmosférico; ii) produzir oxigénio; iii) controlar regimes micro/meso-climáticos, hidrológicos e de nutrientes e, ainda, iv) suportar biodiversidade, elementos que afetam o bem-estar e a saúde da população humana.

Leituras complementares: