Projeto Promove o Papel Ambiental dos Agricultores no Sousa Superior
O proejto EcoRAgri4Hidro tem o objetivo geral de acelerar e educar, transversalmente a todas as idades para a transição de uma economia linear para uma economia regenerativa de recursos, nomeadamente no sector agrícola, que satisfaça fatores de conservação da natureza, recursos hídricos e de biodiversidade na Paisagem Protegida Local do Sousa Superior (PPLSS).
EcoRAgri4Hidro é o mais recente projeto do Município de Lousada, aprovado com mérito máximo pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, ao abrigo do Aviso n.º 14199/2022 – Educação Ambiental + Transversal + Aberta + Participada 2022.
O projeto, desenvolvido em consórcio com a Cooperativa Agrícola de Lousada, promove uma lógica de economia regenerativa e circular no setor agrícola implementando uma estratégia de capacitação e aceleração ambiental na PPLSS, que valorize ambientalmente os sobrantes agrícolas e alerte para a necessidade de se adotarem práticas de gestão agrícola compatíveis com a conservação e reutilização da madeira morta.
O projeto, a par de ações de formação e de sensibilização junto da comunidade rural, aplicará intervenções práticas demonstrativas da utilização e valorização ecológica e funcional dos sobrantes agrícolas – nomeadamente podas – criando estruturas de ecodesign promotoras da qualidade dos recursos hídricos e de salvaguarda dos ecossistemas autóctones ribeirinhos, em parcelas agrícolas ribeirinhas com nula ou escassa galeria ripícola, associadas a fenómenos de lixiviação e perda de solo arável.
Assim, considerando uma situação linear de ausência ou fracionada galeria ripícola associada a fenómenos de lixiviação, a queima de sobrantes agrícolas e a libertação de CO2, a par da deposição de sobrantes no leito promotora de fenómenos de obstrução fluvial, galgamento de margem e de redução de caudal – o projeto EcoRAgri4Hidro, por via da reutilização dos sobrantes na criação de estruturas de ecodesign contribuirá para uma situação regenerativa de estabilização de margens, redução da lixiviação e melhoria da qualidade dos recursos hídricos, promovendo uma solução climática de armazenamento de carbono e melhoria da qualidade do ar pela não queima dos sobrantes, bem como, na promoção de microhabitats e de locais de refúgio e de interface para a biodiversidade ripícola.
Como complemento das ações de capacitação e das práticas demonstrativas, o projeto prevê igualmente a instalação de estruturas de comunicação ambiental que promovam a transferência de conhecimento sobre a economia regenerativa do sector agrícola e a compreensão da importância dos ecossistemas ribeirinhos autóctones. Por outro lado, será concebido um guia prático em formato digital que disseminará as boas práticas multiplicadoras da economia regenerativa agrícola e a utilização de sobrantes agrícolas como promotores da biodiversidade, mitigadores da mudança climática e de salvaguarda dos ecossistemas autóctones ribeirinhos.